sábado, 12 de julho de 2008

- Mais um minuto e não o suportaria mais.

è engraçado como pensamos ter a noção do limite, e como de certa forma temos tendência a colocarmo-nos sempre perto de um. provavelmente passariam horas, caminhando sempre na mesma direcção, sem nunca a ele chegarmos, e provavelmente por ele passariamos sem que o percebessemos. existirá um limite? e uma vez ultrapassado, poderemos voltar atŕas?
poderei apanhar do chão este emaranhado de peças partidas e voltar a uni-las?

1 comentário:

M ♑ disse...

Há em nós uma espécie de vontade de testar limites, sejam eles nossos ou de realidades paralelas à nossa. Não sei se a noção de atingir um limite fará sentido, porque o limite é isso mesmo, um limite. Sempre que nos aproximarmos demasiado dele vamos ver que ainda há muito caminho lá à frente a percorrer.
Mas isso não impede que de vez em quando tenhamos a noção de que estamos muito proximos de o atingir, e de que apenas um passo poderá deitar tudo por terra. Às vezes já vamos meio destruídos pelo caminho, como se a noção de que o limite está já ali nos levasse a ir desfazendo tudo o que somos pelo caminho, para depois lá não custar tanto. E custa muito a caminhada até lá.
Eu acho que é sempre possível parar antes do precipicio, dar um passo atrás para respirar fundo. Mesmo que depois tenhamos de saltar para o nada, devemos fazê-lo como um todo, porque só assim poderemos sobreviver.
Temos de acreditar que é sempre possível reconstruir tudo o que partimos em nós ao longo da jornada, mais não seja porque viver não faria sentido de outra forma.

Como é que estás?
Espero que o dia não esteja a ser muito penoso.

beijinho*