quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

o tempo olha para aqui, enche de espaço as pontas dos meus dedos e o rasto daquilo que em tempos aqui deixaram, sempre sonhos, quando se pára e se estende a mão o tempo deixa de existir, sendo apenas os momentos entre este e aquele, no instante em que olhamos para a diferença entre o ontem e o hoje, só nesse momento percebemos que existe tambem aqui. somos nós, e o que interessa é sermos sempre o mais longe dele que conseguirmos ser, perder a sua, a nossa, noção de existir. olhar e ver não mais que a chuva que nos cai em cima, deixando de lado todos os telhados que nos poderiam abrigar, olhar o ceu e lembrar que um dia o sol vai lá estar e nesse dia vamos sentir a liberdade de ser, ser não sei o que, e não sei de que forma, ser. o tempo aqui existe, e serve para me lembrar deste sonho, deste mundo que agora voa, deste sol que agora brilha, e que agora pelas pontas do meus dedos nele se inscrevem.