Por vezes sinto que posso tocar. Por vezes não. Nunca tive a perfeita noção daquilo que conseguirei alcançar. As coisas são só isso, coisas, e isso faz-me confusão.
(Entre a cortiça e a esponja, talvez esteja um copo... de momento olho para uma caneta e com o olhar tento faze-la desaparecer... sem sucesso.)
Imagino se deixasse de parte a noção que tenho de um determinado objecto, penso se isso teria algum impacto nele, se a minha ignorância sobre ele mudaria o que ele é... ( não, a caneta continua ali)
Um copo tem uma capacidade limitada, uma vez excedida, transborda. Penso se o que para a parte exterior escorre será o que já lá se encontrava, se o que de novo tenta entrar.
(Imagino as frases que escrevi a lapis , uma vez apagadas e contidas em pequenos pedaços de borracha, que com um pequeno sopro empurro para longe daquelas que as substituirão.)
:-) que doce estado.
Tenho pensado ser possivel, depois não, depois a água continua a correr, tu continuas a ser o que és, e a caneta continua ali, e um dia passarei a borracha sobre estas frases. Colocarás a tua mão sobre a minha boca para não as soprar?
quinta-feira, 17 de abril de 2008
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2 comentários:
É díficil ter a noção do que é alcançável e do que não é, nem sei se alguém o conseguirá fazer.
É óbvio que seria muito melhor saber à partida se algo se vai proporcionar ou nao, muitas nódoas negras seriam evitadas mas provavelmente na vida não tem de ser assim.
E há sempre aquele mistério que reside no que é desconhecido. Enquanto ele existe há um certo interesse mas depois uma pessoa cansa-se e quer mais, não se pode passar a vida a percorrer uma nuvem de pó. O problema é que esse "querer mais" não depende de uma só vontade.
Não sei. Acho que se só se sabe tentando. Pode acontecer, pode não acontecer, nunca se sabe. Há sempre duas hipóteses e o final só se sabe quando se vê o filme todo.
beijinho*
Gostei da alegoria do copo...
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