segunda-feira, 24 de março de 2008

Que será feito dos meus sonhos inacabados?

Quando perdemos algo há sempre um determinado período em que ainda temos a esperança de o voltar a encontrar, período esse que é directamente proporcional à falta que esse algo nos faz. O mesmo se poderá dizer em relação a algo que gostávamos de ter. Por isso é que os sonhos se desvanecem, porque com o tempo aquilo que queremos é substituído por outra coisa. Entra então em acção as prioridades, não deixamos de querer o que foi substituido, mas esse algo passou a ter uma prioridade inferior áquilo que queremos agora. Quantos mais forem os sonhos inacabados maior a lista, e aqueles que ficam lá para o fundo vão sendo esquecidos. Depois, com sorte, vamos realizando alguns deles, ou então vamos desistindo deles porque nos sentimos incapazes de os alcançar, não que não sejamos de facto capazes, apenas não acreditamos, e chega um momento em que chegamos ao fim da lista, ou, pelo menos, ao fim da parte da lista a que a nossa memória nos permite chegar.
Não vou sequer pensar como lá cheguei, mas acho que cheguei lá....

1 comentário:

Adinatha Kafka disse...

Sim,por vezes fartamo-nos daquilo que raramente tempo apenas porque deixamos de saber como é quando a temos...é algo freudiano...
By the way...olá também ;)